A camisa 10 virou um peso no Barcelona
Desde que Lionel Messi deixou o Barcelona em 2021, a camisa 10 passou de símbolo de glória para sinônimo de pressão. Ninguém conseguiu sustentar o peso que esse número representa dentro do clube catalão.
Philippe Coutinho, que custou milhões, foi o primeiro a receber a missão. Seu futebol nunca se encaixou, e ele logo virou alvo de críticas. Depois, veio Ansu Fati — a grande promessa da base. A diretoria apostou que ele seria o novo Messi, mas as lesões e o desempenho abaixo do esperado mostraram que a aposta foi precipitada. Ferran Torres também teve sua chance, e novamente o resultado foi decepcionante.
O que esses casos mostram é claro: vestir a 10 do Barça não é só uma questão de talento, mas de mentalidade. Não é qualquer jogador que aguenta carregar o número mais simbólico da história do clube.
Lamine Yamal é genial, mas ainda é uma criança
Ninguém duvida do talento de Lamine Yamal. Com apenas 17 anos, ele já é titular em diversas partidas e demonstra uma maturidade técnica impressionante. Ele dribla, finaliza, pensa rápido. É, sem dúvida, uma das maiores promessas do futebol europeu.
Mas uma coisa é jogar bem sem grande responsabilidade. Outra, completamente diferente, é ser o novo “camisa 10” do Barcelona. Essa camisa traz consigo uma expectativa que pode facilmente destruir carreiras em formação. Jogadores mais velhos e experientes já sucumbiram a essa pressão. Esperar que um adolescente enfrente tudo isso sozinho pode ser, no mínimo, irresponsável.
Pressa pode destruir o futuro de uma joia
A escolha da diretoria de dar a camisa 10 a Yamal pode parecer ousada, mas soa mais como desespero ou uma jogada midiática. Em vez de protegê-lo e deixá-lo crescer com calma, o clube escolheu colocá-lo no centro dos holofotes.
É importante lembrar que grandes jogadores como Iniesta, Xavi ou até o próprio Messi foram preparados com tempo. Messi, por exemplo, só herdou a camisa 10 depois de se consolidar como protagonista. Já Yamal ainda está entendendo o futebol profissional. Dão a ele o número mais importante do clube, como se isso fosse acelerar sua consagração.
Na prática, isso pode ter o efeito contrário: cada jogo ruim vira uma manchete, cada erro será julgado com mais dureza. A torcida espera milagres de quem veste a 10. O garoto, por mais talentoso que seja, não merece essa pressão agora
