Lateral do Al Hilal lamenta ausência na Seleção e critica possível preconceito com jogadores da liga saudita.
O lateral-esquerdo Renan Lodi, atualmente no Al Hilal, da Arábia Saudita, protagonizou uma das declarações mais sinceras e polêmicas dos últimos dias no cenário da Seleção Brasileira. Após a divulgação da primeira lista oficial de convocados sob comando de Carlo Ancelotti, Lodi ficou de fora e não escondeu a frustração.
Em entrevista recente ao Globo Esporte e repercutida em sites internacionais, Lodi questionou os critérios utilizados pela comissão técnica:
“Fui o lateral com mais gols e assistências da temporada, e mesmo assim não fui lembrado. Não sei se há preconceito com quem joga na Arábia, mas os números não mentem”.
Na atual temporada, Renan Lodi tem 3 gols e 7 assistências em 24 jogos, número superior ao dos laterais convocados, como Alex Sandro e Carlos Augusto. Para ele, a não convocação levanta suspeitas sobre a real meritocracia nas escolhas da Seleção.
Apesar da crítica direta, o jogador demonstrou respeito por Ancelotti, citando inclusive o bom trabalho do técnico no Real Madrid e a evolução de jogadores como Vinícius Júnior sob seu comando. No entanto, a mágoa por não estar entre os escolhidos é clara — e reflete uma frustração maior entre atletas que atuam fora da Europa e sentem-se ignorados.
A convocação de Ancelotti também foi marcada por outras ausências de peso, como Neymar, e surpresas como a permanência de Danilo entre os veteranos da defesa. Isso acendeu o debate sobre renovação, desempenho versus nome de peso e visibilidade midiática no futebol brasileiro.
Para muitos torcedores, Lodi tem razão em reclamar. Afinal, seus números mostram consistência ofensiva e defensiva — ainda mais em uma liga que vem recebendo nomes de peso, como Cristiano Ronaldo e Benzema. A pergunta que fica é: até onde o clube em que se joga influencia uma convocação para a Seleção Brasileira?