CBF prepara nova regra de Fair Play Financeiro no Brasil

CBF prepara nova regra de Fair Play Financeiro no Brasil

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) iniciou oficialmente o processo para criar o Fair Play Financeiro no Brasil, um modelo de regulação inspirado no sistema já utilizado com sucesso na Europa. A medida, que busca garantir mais responsabilidade e equilíbrio nas finanças dos clubes, foi formalizada nesta segunda-feira, com a assinatura de uma portaria pelo presidente interino Samir Xaud.

O novo projeto será chamado de Regulamento do Sistema de Sustentabilidade Financeira (SSF), e terá como meta final a implementação de regras claras de controle orçamentário e quitação de dívidas, respeitando a realidade econômica de cada time.

Objetivo do Fair Play Financeiro brasileiro: mais equilíbrio nas contas

Na prática, o Fair Play Financeiro da CBF pretende limitar os gastos dos clubes de acordo com suas receitas reais. Ou seja: nada de contratar estrelas se a folha salarial ultrapassa o orçamento. A proposta também exige que os clubes quitem eventuais dívidas atrasadas para estarem aptos a disputar as competições.

A ideia é que o novo modelo traga maior transparência às finanças dos clubes, evite calotes e ajude a prevenir cenários de crise financeira, como os enfrentados por grandes times brasileiros nos últimos anos.

Participação dos clubes será limitada e selecionada

A formação do grupo responsável por definir as regras contará com representantes da CBF, clubes das Séries A e B, federações estaduais e consultores especializados. Os clubes interessados em participar terão cinco dias para manifestar seu interesse. Caso o número de interessados ultrapasse o limite, o vice-presidente da CBF fará a seleção dos participantes.

O prazo para que o plano seja desenvolvido e apresentado é de até 90 dias.

Uma segunda chance para o futebol brasileiro

Essa não é a primeira vez que a CBF tenta implantar um sistema de Fair Play Financeiro. Durante a gestão de Rogério Caboclo, um projeto semelhante chegou a ser elaborado, mas acabou engavetado após a oposição de clubes como Atlético-MG e Corinthians, que enfrentavam problemas financeiros e não aprovaram a proposta.

Agora, com um novo comando e uma crise econômica ainda evidente em muitos clubes, a CBF tenta dar uma segunda chance à ideia — e o futebol brasileiro pode finalmente caminhar para uma era de maior responsabilidade e sustentabilidade financeira.

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