Aos 40 anos, Fernandinho colocou ponto final em uma das carreiras mais sólidas e respeitadas do futebol mundial. Ídolo do Manchester City, referência na Seleção Brasileira e líder por onde passou, o volante confirmou sua aposentadoria afirmando: “Já nada no futebol me motiva. Consegui tudo o que podia.”

A notícia encerra uma jornada de quase duas décadas marcada por consistência, inteligência tática e liderança silenciosa — atributos que o transformaram em peça essencial nos anos mais dominantes do City sob Pep Guardiola.

Contexto e Bastidores: de “presente” de Guardiola a líder incontestável

A admiração por Fernandinho sempre foi explícita. Em 2018, Pep Guardiola resumiu seu valor em uma frase que virou símbolo:

“Fernandinho é um presente.” — Pep Guardiola, 2018 (via Manchester City TV)

O volante chegou ao Manchester City em 2013, contratado junto ao Shakhtar Donetsk por €43 milhões, então a maior venda da história do clube ucraniano. Desde o primeiro treino, ficou claro para a comissão técnica que o brasileiro possuía leitura de jogo rara, capaz de equilibrar transições, proteger a defesa e iniciar ataques com precisão cirúrgica.

Após nove temporadas e uma coleção impressionante de títulos, Fernandinho retornou ao Athletico Paranaense, clube onde iniciou sua trajetória. Porém, sem acordo para renovação em 2024, ficou livre desde janeiro. No documentário Live After Football, ele já deixava pistas sobre o futuro:

“Não chegamos a um acordo. O Athletico seguiu sua vida, e eu segui a minha.”

A aposentadoria oficial veio semanas depois, confirmando um desfecho que muitos já esperavam.

Estatísticas, Declarações e a Consagração na Europa

 Os números de uma carreira lendária

• 865 partidas por clubes

• 53 jogos pela Seleção Brasileira

• Mais de 30 títulos oficiais somados

• Nove temporadas no Manchester City

• 5 Premier League (2014, 2018, 2019, 2021, 2022)

• 6 Copas da Liga

• 2 FA Cups

Apesar do currículo vasto, Fernandinho nunca levantou a Champions League — título que escapou durante anos e foi conquistado pelo City apenas após sua saída. Ainda assim, sua importância foi tão grande que até seus sucessores prestam reverência.

Rodri, atual pilar do City e eleito melhor volante do mundo, disse:

“Sempre considerei Fernandinho um dos melhores. Você não joga tantos anos no City se não for top.”

Momentos marcantes

Mesmo episódios difíceis não abalaram seu legado. Na semifinal da Champions 2021/22, improvisado como lateral-direito, levou uma caneta histórica de Vinícius Jr. Longe de críticas, tornou-se símbolo de entrega total — a tradução perfeita do “soldado” ideal para Guardiola.

Situação Atual e Impacto Futuro: o que representa a despedida de Fernandinho

A declaração que marcou sua aposentadoria foi direta:

“Corri 30 minutos e fiquei esgotado. Já estou cansado. Nada mais me motiva.”

Fernandinho encerra seu ciclo com a mesma honestidade e simplicidade que marcaram sua carreira. Agora, prioriza a família e deve iniciar uma fase mais tranquila, possivelmente ligada ao futebol, seja como mentor, dirigente ou em projetos formativos — algo pelo qual sempre demonstrou interesse.

Para o Manchester City, sua despedida reforça o fim definitivo de uma geração histórica. Fernandinho foi elo entre diferentes eras: do City de Manuel Pellegrini ao supertime de Guardiola. Sua liderança moldou jogadores, ajudou na evolução de Rodri e deixou uma cultura de profissionalismo que permanece viva no clube.

Conclusão

A aposentadoria de Fernandinho representa o adeus a um dos maiores volantes brasileiros do século. Líder silencioso, vencedor nato e peça-chave no auge do Manchester City, ele deixa um legado de excelência, disciplina e respeito.

Ao se despedir dizendo que “nada mais o motiva”, Fernandinho mostra que cumpriu sua missão — e saiu no momento certo.

Continue acompanhando a Blorion para mais análises exclusivas sobre futebol europeu e seus grandes protagonistas.